Ao recuar, continuo.
Na falta, me complemento.
Na dispersão, me situo.
Do “não”, extraio o consenso.
Se na perda está o ganho,
e na vitória, o fracasso,
já nem sei qual o tamanho
dos nós em que me embaraço.
É vão tentar o mergulho,
pois mesmo nas profundezas
não há mais do que entulho
no que outrora foi beleza.
Do que vivi, estou morto.
Mas, no porvir, ressurreto.
Haverá sempre algum porto
onde ancorar meu desejo.
Na falta, me complemento.
Na dispersão, me situo.
Do “não”, extraio o consenso.
Se na perda está o ganho,
e na vitória, o fracasso,
já nem sei qual o tamanho
dos nós em que me embaraço.
É vão tentar o mergulho,
pois mesmo nas profundezas
não há mais do que entulho
no que outrora foi beleza.
Do que vivi, estou morto.
Mas, no porvir, ressurreto.
Haverá sempre algum porto
onde ancorar meu desejo.