Carnaval.
Com temor e nostalgia,
abri o velho
baú de guardados
para envergar
o traje em que iria
sair mais
uma vez fantasiado.
Vi
então que era outro o seu aspecto
e que,
na superfície amarelada,
o pó
lhe impregnara um ar senecto
de coisa
ressentida e já passada.
Desisti
de brincar e o pus de lado,
estimando
a verdade e a benesse
que de
tal episódio eu extraía:
não se
retorna ao sonho acalentado,
pois, à
medida que a gente envelhece,
também fenece
a nossa fantasia.
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